“Rostos”: uma exposição que retrata a beleza feminina

A admiração pelo pai e o amor à Pop Art despertaram em Marília Leitão o gosto pelas artes. E é esse gosto, em forma de telas inspiradoras e femininas que estarão presentes no nosso Centro, a partir de 16 de novembro. Conheça melhor a artista.

Desde cedo que Marília Leitão ficava a ver o pai a pintar grandes obras. Uma relação de admiração que acabou por inspirar a artista na descoberta do mundo das artes plásticas. Prova disso foi a licenciatura em Design Industrial, uma pós-graduação em Design de Interiores e Urbanismo e, por fim, um bacherelato em Desenho.

Hoje, com várias exposições coletivas e individuais dentro e fora de Portugal, Marília Leitão traz até ao nosso Centro um conjunto de quadros que retratam a beleza do feminino e a força dos sonhos.

“Rostos” é a exposição que inaugura no dia 16 de novembro, às 20h, no piso 2, e que se prolonga até ao final deste ano.

Licenciou-se em Design Industrial pela Escola Superior de Artes e Design. O gosto pela arte surgiu muito antes desta escolha?

O meu gosto pela arte surge já no seio familiar, uma vez que o meu pai era artista plástico. Desde que me conheço sempre desenhei e pintei na companhia do meu pai, pessoa que sempre admirei e que foi uma grande referência na minha decisão de enveredar pelas artes plásticas.

A inspiração para os seus trabalhos surge dessa relação?

Sim. As minhas referências são o meu pai e todas as histórias por ele contadas. A forma como desenhava, como se envolvia no seu trabalho, do qual eu sempre fui uma assídua espectadora. Mais tarde, quando fui estudar Arte, senti-me bastante atraída pela Pop Art, bem como pelo movimento surrealista. Não poderei classificar a minha pintura num destes movimentos, mas tenho bastantes referências de ambos.

Se tivesse que definir a sua pintura, como o faria?

A minha pintura é figurativa. Se a tivesse que classificar seria, sem dúvida, dentro do estilo Pop Art, pelo uso da cor plana e opaca. Quanto à temática, tenho centrado o meu trabalho na figura humana. Os rostos e tudo o que eles me traduzem, representando-os numa faixa etária de grande força (meia idade), onde os sonhos se concretizam ou não.

“Rostos” é precisamente o nome da exposição que trará ao nosso Centro. O que nos pode contar sobre a mesma?

Nesta exposição descrevo a figura humana no feminino, como uma representação simbólica de mim. É um exercício introspetivo que me faz colocar, simultaneamente, tanto na pele do espectador como na do executor da obra. Cada obra conta uma história, a nossa, a sua, a de todas as mulheres. Saliente-se ainda que estes rostos ou fragmentos de rostos representam uma faixa etária onde o sonho e a realidade se fundem, sendo a faixa etária onde me situo.

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